quinta-feira, dezembro 27, 2007

Namorados.


-Você me ama?

-Não.

-Mentira!

-Pense o que quiser...

-Eu não penso, tenho certeza. Seus olhos estão dizendo.

-Olhos não falam.

-Os seus falam. E tão dizendo que me amam.

-Para com isso. Acabou, Fernando. Não tem jeito.

-Não é de jeito que o nosso relacionamento precisa, é de beijo!

-Não começa...

-Não termina!

-Eu não tô terminando. Eu quero um tempo...

-Um tempo? Quem foi o idiota que inventou isso?

-Tá me chamando de idiota?

-Não... Claro que não. É que não entendo esse negócio de tempo. Ou você tá junto ou não tá.

-É pegar ou largar.

-Ah, é assim? Então tá. Eu largo.

-Larga? Como assim?

-Você não falou que é pegar ou largar? Então... Não aceito esse negócio de tempo. Vamos terminar.

-Terminar? Não. Eu quero um tempo.

-É pegar ou largar.

-Então eu largo.

-Larga?

-É, eu largo. Não quero terminar. Não suportaria saber que você está beijando outra.

-É? E por quê?

-Porque... Porque eu te amo, bosta!

-Eu sabia! Venci pelo cansaço. Eu também te amo. E muito. Agora pega o sal pra mim, vai.

quarta-feira, dezembro 05, 2007


Será errado idealizar o amor perfeito? Esperar que, como diria (ou cantaria) Adriana Calcanhoto, alguém em meia hora mude a sua vida, transforme a monotonia em algo maravilhosamente excitante... E os dias, antes tristes e escuros, em verdadeiras manhãs de sol? O ser humano (não só as mulheres) tem essa mania. A televisão, o cinema, a música, e até mesmo os livros, como artes, são representações simbólicas da realidade, por isso, falam, freqüentemente, dessa idealização amorosa. Nada mais justo. O problema é que alguns descobriram que podem ganhar dinheiro com isso, “fabricando sonhos”, e o resultado foge completamente do conceito de arte, de belo. Filmes piegas e totalmente sensacionalistas. Livros superficiais, que resumem os relacionamentos amorosos em “ E foram felizes para sempre...” . Músicas que ferem os ouvidos. Uma catástrofe. Mas o resultado disso? Recordes de bilheteria; milhares de exemplares vendidos; shows lotados.
Como entender?
A explicação é única: gostamos de nos iludir.
A realidade às vezes passa longe do que sonhamos. É fria, insensível, cruel...Assusta e magoa. É um verdadeiro tapa na cara. Dizer eu te amo, com a sinceridade que se diz nos filmes, é algo difícil, complicado. Bate a insegurança, o medo de tentar, o medo de perder... A dor da perda, a dúvida do que deu errado... E nos sentimos impotentes, destroçados... Mas no fundo, bem no fundo, começam a surgir idéias. Surgem esperanças de que tudo vai se ajeitar... E nos enchemos, aos poucos, dessa esperança que vai crescendo. O nome disso é sonho.
Mas sonho no meio da realidade?
É... Pode parecer contraditório, mas o sonho faz parte da nossa realidade. É dele que nos alimentamos quando tudo parece estar perdido. É ele que nos motiva, que nos move.
Não é errado sonhar.
Na realidade, é de sonho que vive o homem.


Ps: Se eu tivesse que escolher uma trilha sonora para esse texto, seria "The Blower's Daughter" - Damien Rice.

terça-feira, setembro 11, 2007


Tem alguém na minha janela.
Está difícil de
enxergar...
Está escuro; chove muito.
E se for a Inveja?
Tenho medo;
não vou deixar.

Tem alguém na minha janela.
Está insistindo; quer
entrar.
Estou sozinha.
E se for a Tristeza?
Tenho medo; não vou
deixar.

Não tem ninguém na minha janela.
Agora eu vejo muito bem...
Deixou um bilhete; escrito à mão.
Era a Felicidade.
Cansou de
esperar.

domingo, setembro 02, 2007


Estive pensando na beleza, e em tudo o que somos capazes de fazer para alcançá-la.
Antigamente, quando alguém era bonito era e pronto.
O máximo que se fazia era uma boa maquiagem e vestir-se dentro dos padrões da moda (isso sempre existiu).
Hoje não. O poder de compra estendeu-se de tal forma que até nariz novo temos a possibilidade de comprar. O mesmo vale para seios, glúteos e orelhas!
Academia de ginástica tornou-se um investimento rentável. Milhões de corpos lutando para alcançar um espaço no mundo (da beleza, é claro). É por isso que o número de clínicas de estética é proporcional ao de academias de ginástica.
Mas será que todo mundo pensa assim?
E o que está por dentro? Não vale nada?

A beleza, dentro dos moldes do Capitalismo, é tão personificada quanto superficial.
Eu quero que o Capitalismo dite a moda da interiorização.
Que possamos aprender a enxergar a beleza não-óbvia. Aquela que clínica de estética nenhuma pode mudar. A que toma formas na liberdade de expressão, e de pensamentos.
E valoriza as diferenças.
Eu quero que beleza signifique mais do que “Coisa bela, muito agradável ou muito gostosa”, como diz o Aurélio.
E eu possa, enfim, sentir-me plenamente feliz quando alguém disser “ Nossa, como você é bonita!”

quinta-feira, agosto 23, 2007

E gira, gira, gira...


Hoje sou maestro.
Estou no palco (no centro).
Brilho, aplausos, sucesso.
Tenho tudo; não quero mais nada.

Hoje estou na platéia (no canto).
Sou mais um, entre tantos.
Apagado.
Quero tudo; não tenho nada.

Hoje não saí de casa.
O show já começou (não fui convidado).
Dor, solidão, angústia.
Não tenho nada; não quero nada.

A vida é um caleidoscópio...
A cada virada, uma nova perspectiva.

quinta-feira, julho 19, 2007


Hoje eu acordei sorrindo.
Levantei às cinco, tropecei nos móveis e sorri por ter sido um palavrão a minha primeira palavra do dia.
Tomei banho, corri para o ponto e assisti sorrindo meu ônibus partir (e sem mim!).
Cheguei atrasada, estudei o dia inteiro, mas quando cheguei em casa a noite, não consegui conter o riso por ter acordado cedo, tropeçado, perdido o ônibus, chegado atrasada, estudado até tarde e não conseguir parar de pensar em você.
Você me faz sorrir.



“Já conheci muita gente...
Gostei de alguns garotos.
Mas depois de você, os outros são os outros.”

domingo, julho 01, 2007

Sorriso de criança.
Abraço de pai.
Carinho de amigo.
Cheirinho de chuva.
Beijo na testa.
Pôr do sol de Ipanema.
Sofá, filminho e pipoca.
Guerra de travesseiro.
Brigadeiro de panela.
Acampamento na varanda.
Chico Buarque de Hollanda.
Matar a saudade.
Dormir um dia inteirinho.
Escutar conselhos.
Dar conselhos
Chorar quando se tem vontade.
Dançar até o chão.
Lírios brancos.
Amar independente de forma ou intensidade..
Ler um bom livro.
Escrever.
Ganhar presente.
Dar um presente.
Beijar.
Dar a volta na lagoa.
Paquerar alguém.
Dormir de conchinha.

“Hoje, dezenas de crianças morreram de desnutrição, em um país que está entre os primeiros produtores de frutas do mundo”.

“Um ataque terrorista atingiu muitos civis, entre eles uma família que acampava na varanda de casa”.

“A seca se alastra pelo mundo, assim como a chuva ácida”.
“Muitas espécies de plantas tendem a desaparecer”.
São todos efeitos do aquecimento global.

“Jornalistas não escrevem mais o que vêem, mas o que querem que os outros vejam”.

“A lagoa Rodrigo de Freitas sofre com os efeitos da poluição”.

“Uma mulher é morta pelo namorado, no interior da cidade”.

“Briga em uma danceteria causa desespero e tumulto”.

Com tanta coisa acontecendo, quem lembra que o pôr do sol de Ipanema é o mais lindo do mundo?! E Chico Buarque é música pros ouvidos, e pra alma?! Que beijo na boca faz bem à saúde, por isso deve ser praticado regularmente?! E dormir é muito bom, de conchinha então, muito melhor?!


As coisas boas existem sim! Nós é que andamos esquecendo delas por aí...

quinta-feira, junho 14, 2007


As pessoas entram na nossa vida e nós nem sabemos por onde. Vem de um lugar qualquer e trazem consigo todo o prazer do novo, do diferente. Mas quando o novo “sai de moda”, e a rotina se aproxima, somem da mesma maneira que apareceram.
Poucos têm a coragem de enfrentar a rotina, e seguir em frente com o mesmo entusiasmo. A estes, damos o nome de amigos...

Amigos são multiusos.

São sorrisos nos domingos tediosos...
E choros de risos, naqueles em que a diversão resolve dar as caras.
São mãos, braços e coração formando quase uma equipe.
Cada um com a sua função, cada um ajudando como pode.

Com eles pomos em prática nossos verbos de ação preferidos...
Dançar, cantar, beber, beijar, sorrir, falar, viver...


Um brinde à amizade e ao amor!

Ps: Post dedicado às minhas amigas-amores Bruna Cora e Lívia Terra.

segunda-feira, junho 04, 2007

Família


Segunda feira, cerca de uma hora da tarde, pai e filha conversam sentados à mesa:

- Filha, passa o sal pra mim?
- Claro Papai!
- Como é que foi na escola hoje?
- Tudo ótimo Paizinho...
- Ótimo... só isso?! Quando é que vem o boletim?
- Ah. Pai... já era pra ter chegado! Reclamei e tudo na secretaria... Mas houve um atraso lá, daí vai demorar mais um pouquinho. Mas assim que chegar eu te mostro, pode ficar descansado!
- Eu sei Filhinha... Você é minha boneca! Vou pro escritório agora. Tô com trabalho até o pescoço! Vê se não falta a aula de piano, e seja simpática com o Manoel! Seu último motorista se demitiu de forma muito suspeita! Acho que você andou assustando o homem por aí... Quando eu voltar trago um presentinho pra você, se você tiver dormindo...
- Não Pai! Você esqueceu?! Hoje eu vou dormir na Claudinha... é aniversário dela! Amanhã eu vejo o presentinho...
- Tá bom querida!

Nem sempre o que se diz é o que se pensa...


Coitado do meu velho... às vezes eu tenho pena dele! Jura mesmo que com motorista particular eu assisto aquela droga de aula! Seria até um pecado, com tanta grana disponível não saber usá-la como se deve... A vida tá difícil pra todo mundo... e professor ganha tão pouco... Uma mão lava a outra, então! E quantos aniversários a Claudinha faz por ano?!

...


Essa menina pensa que me engana! É ambiciosa igual o pai. Quando crescer mais um pouquinho vai ter peito pra segurar aquela empresa e os caixas 2, 3, 4 que eu tenho por aí.
Aí sim vou poder tirar aquelas férias que eu venho planejando há anos!


A única instituição honesta ainda existente se rendeu à corrupção.

quinta-feira, maio 24, 2007


Sentei no sofá. O telefone tocou. Atendi. Era engano. Voltei a sentar. Pus-me a folhear revistas. Olhei no relógio, 9h. Levantei. Olhei-me no espelho. Até que não estava mal vestida. Fui à cozinha. Peguei um copo d’água. Olhando a geladeira, lembrei do almoço. Como ele estava lindo com aquele blusão. Será que foi ele que comprou? Ou teria sido uma ex-namorada? Não sei. O fato é que preciso urgente de umas compras. Voltei pra sala. Passei pelo espelho. Nossa! Que roupa horrível! Acho que vou me trocar. Mas será que ainda dá tempo? Olhei no relógio, 9:01. Meu Deus! Marcamos às nove. Será que ele não vem mais?

sábado, maio 12, 2007



De todas as cores; de todas as formas ...

Somos todos um!

domingo, abril 29, 2007


Formas, cores, cheiros...
Tudo ali me envolveu de tal forma que quando dei por mim, estava de boca aberta, de olhos arregalados, admirando a obra.
Não sou católica, mas hoje assisti a uma missa na Igreja de Nossa Senhora de Montserrat e Mosteiro de São Bento.
No estilo Barroco e rococó português. Colunas com formas arredondadas, cobertas de ouro. Missa em latim, canto gregoriano, o cheiro do incenso.
Mentalmente fiz uma viagem no tempo.
Estava em 1763, sentada no centro junto com as outras mulheres (lembrando que naquela época não havia bancos e, os homens, ficavam em pé nas laterais). O padre de costas, no altar, pregando a palavra em latim. Em volta, uma arquitetura fascinante, construída ao longo de muitos anos.
Abrindo os olhos, encontrei algumas mudanças. Homens e mulheres juntos, o padre de frente pros fiéis. Mas a arquitetura era a mesma, tão fascinante quanto.
Dando continuação à volta na História, fui ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Assisti a uma exposição de gravuras desde o século XV. Albrecht Dürer, Picasso, Rembrandt, Jacques Callot, entre outros. Resumindo: Um espetáculo!
Pra encerrar com chave de ouro, terminei o dia no Odeon, um cinema na Cinelândia (grande pólo cinematográfico do início do séc. XX). Assisti “Cheiro do Ralo”, com o Selton Melo.
Voltei pra casa depois de tomar um cafezinho (fiel ao Brasil por muitos anos), e com uma frase na cabeça. Pra ser mais específica, uma música de Gilberto Gil:

“(...) O Rio de Janeiro continua lindo...
O Rio de Janeiro continua sendo! (...)”.

sábado, abril 21, 2007

“ Coração, é terra onde ninguém pisa ! “

Passei toda a minha Infância, e agora minha adolescência, ouvindo essa frase. Minha mãe sempre fez questão de repeti-la, diante de uma ou outra ingenuidade minha em alguma situação. Confesso que no início, não dava muita atenção, e mais, me chateava com a idéia de que minha mãe sabia mais do que eu! Agora, no caminho da maturidade que pretendo um dia alcançar, percebo claramente, o quanto minha mãe sempre vai saber mais do que eu e quão sábia é a insistente frase.

Desde pequena sou uma pessoa social. Fazer amigos parecia um esporte pra mim, praticava diariamente. Na escola, no Ballet, no Jazz, na Natação, no curso de Inglês, de Informática, na Academia...e nas muitas outras entidades por onde já passei. Com toda essa convivência, com pessoas diferentes, acabei tornando-me extremamente observadora. Observar o jeito de cada um de olhar, andar e se expressar, tornou-se algo natural pra mim. Não quero dizer, que reparo em modo de vestir, ou algo do gênero, porque pra isso, sou paradoxalmente distraída. Refiro-me a personalidades reveladas em cada um.Acredito que isso desenvolveu nas pessoas uma sensação de confiança em mim, porque desde então acumulo confissões, e segredos, guardados a sete chaves. E, como que por conseqüência, acumulo também experiências, que somadas as minhas, no auge dos meu 18 anos, transformaram meu modo de pensar e encarar o mundo. Uma dessas transformações, e talvez a mais drástica, ocorreu justamente no meu relacionamento com os outros.

Viver em sociedade, e conviver com pessoas diferentes diariamente, não é mais tarefa fácil quanto era nas aulinhas de Ballet. A amizade tão comum na minha infância, hoje parece ter entrado em extinção. O que observo (e essa mania ainda não perdi) por todos os lados é um incrível senso competitivo que, desde criança, privilegia o mais bonito, o que tem a mochila da moda e cujo pai tem o melhor carro. E se olharmos bem, o mesmo ocorre nas empresas, em que não se trabalha mais em prol do bom funcionamento, mas do melhor cargo, da melhor reputação e do melhor partido. Hoje se vive de aparências.Está cada vez mais difícil conhecer o íntimo das pessoas. Entender o que elas realmente pensam e sentem. As palavras estão perdendo cada vez mais o seu valor (ouso dizer que daqui a um tempo não valerão mais nada!).No mundo de hoje, as pessoas fecham os olhos para as injustiças e, aqueles que sofrem com elas, nada fazem para mudar. Ninguém luta por causas sociais, apenas por causas próprias.O ser humano tem se mostrado o ser mais desumano que eu conheço!

Sinto saudades de confiar sem desconfiar... De fazer amigos de verdade, tão leais quanto os que eu conhecia quando criança. Sinto falta de dar uma informação pra um motorista perdido, sem medo do seqüestro relâmpago. De olhar nos olhos de alguém e enxergar bem mais que parte de um rosto, mas parte de sua personalidade.

Agora, mamãe, o mundo é outro!
E coração, é mesmo terra onde ninguém pisa!

segunda-feira, abril 09, 2007

O que seria de nós se a vida fosse constituída apenas de sorrisos?


Sabe aqueles dias em que acordamos nos sentindo a pessoa mais horrível do mundo?! E chega aquele alguém, que você nunca deu atenção, e exalta a sua beleza sorrindo de forma tão delicada... Só assim deixamos o orgulho e a concorrência de lado e passamos a elogiar também – aposentando o velho hábito de sempre criticar.

As lágrimas são também de grande utilidade...
É quando elas afloram que refletimos no motivo delas aflorarem, e como que por reação começamos a pensar em tudo o que pode estar errado, e o que podemos fazer para melhorar.

E nos dias em que tudo parece estar aos avessos é que percebemos quão poucos amigos nós temos. E quão valiosos são os mesmos...

É diante das incertezas que cometemos as maiores loucuras e quase sempre são os momentos mais felizes da nossa vida. Afinal, a certeza, de tão imprevisível, caiu em meio ao ócio...

Os momentos de melancolia são, portanto, grandes mestres na escola da vida.
São causas que resultam em diversas conseqüências... Dentre elas – e talvez a mais importante – está a construção de um ser humano cada vez mais humano.

Um Viva à melancolia da vida!


Ps: Texto escrito em um dia molhado, em que a chuva e as lágrimas batiam no rosto, confundindo-se. Depois de seco, este mesmo rosto nunca mais voltou a ser o mesmo.

quarta-feira, março 28, 2007

Adriana e a Tixa




Chovia forte nesta noite... e incessantemente. Adriana sentou-se na varanda e, como de costume, ficou observando a chuva cair... Já nostálgica, começou a pensar na vida, no emprego novo e nos estudos que parara... Pensamento vai, pensamento vem, quando de repente surge entre as plantas, quase que do nada, um bichinho esbranquiçado, rápido como seu grito:

- AhhhhhhhhhhhhhH...” Largatixa”, ” L-a-r-g–a- a- t- i –x- a”... socorro!

Dizem que toda mulher tem pânico de barata, lagartixa, então, era a barata da Adriana...

Na mesma velocidade que grita, sai correndo pra dentro de casa. E só pára quando esbarra na sua mãe, sonolenta ainda...

- Adriana... deixa a Tixa em paz! Que coisa!!!

quinta-feira, março 22, 2007

Abra os olhos....e veja como ele voa!



O tempo passa e nós nem nos damos conta.
Horas, minutos, segundos...se vão sem serem nem ao menos percebidos!
O que você fez pra preencher seu dia hoje?
Você já parou pra pensar que cada instante que passa, não volta nunca mais?!

Quantos abraços podem ser dados entre o seu almoço e o tempo em que espera pra voltar ao trabalho?

Quantos beijos daqueles de tirar o fôlego você deixa de dar enquanto discute o olhar desviado do seu namorado pra uma moça qualquer na rua?

Quantas conversas pode ter com seu filho, enquanto perde seu tempo ocupando-se com a vida alheia?

Compare o tempo que você passa reclamando e maldizendo os seus problemas, com o que pensa e busca soluções...

Estamos nesse mundo a passeio e, às vezes, o aproveitamos muito mal!
A vida é cheia de delícias...
Aproveite-as!

Como diria o Poeta “gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”.

quarta-feira, março 07, 2007

A Mídia e todos os seus derivados, tem contribuído para uma teatralização da vida. As pessoas preocupam-se tanto com si mesmas, e o papel que ”representam” na sociedade, que fecham os olhos para a realidade em que vivem.
Enquanto jornais, sites e revistas noticiam novas dietas, maneiras eficazes de perder peso e ficar como os famosos, milhões de pessoas sofrem de desnutrição decorrente da falta de alimentos básicos para a sobrevivência diária.
O Brasil é um País de extremos...

Metade dele quer emagrecer...






“Emagreça 5kg, até 11 de abril!.
Mais de 3.000.000.000 de pessoas já fizeram nossa avaliação!"
(Site Minha Vida - Março de 2007)

"Quando engordo, fico um pouco infeliz. Sempre gostei de estar magra"
(Adriane Galisteu - Em entrevista para Tereza Melo Souza)

“Consumidas por milhões de pessoas, as dietas da moda emagrecem rápido,
mas não resolvem o problema de quem deseja ficar esbelto para sempre"
(Revista Isto É - Janeiro de 1999)

“Emagrecer quase todo mundo quer e, com muita freqüência, está disposto a engolir de olhos fechados as poções mágicas receitadas pelos médicos, desde que consiga perder alguns quilos."
(O Globo - Abril de 2000)

E a Outra metade passa fome!




“Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crônicas ou grave subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento.”
(Site Confrontos)

“Em cada 3,5 segundos, morre um ser humano à fome.”
(Jornal O Dia – Janeiro de 2007)

“Somando 23 milhões de pessoas, no Brasil os miseráveis são reduzidos a uma condição subumana. No lixão de Valparaíso, a poucos quilômetros de Brasília, há gente disputando restos com os animais”.
(Brasil – Ricardo Mendonça)

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Amar é Viver, Morrer é não Amar!


Acordar antes do entardecer tem sido costume raro nessas longas férias.
Mas hoje o raro resolveu dar as caras por aqui.
9:00h de olhos abertos, 30 minutos até a última espreguiçada e enfim 9:30h de pé.
Corpo e mente acordados e sendo meus únicos companheiros no café da manhã.
E dessa rápida “reuniãozinha” não podia sair boa coisa.
Um só queria voltar pra cama, enquanto o outro fervilhava de idéias e planos para o dia.
No fim da briguinha, nenhum dos dois saiu ganhando.
Ao invés da cama, fui pro sofá.
E quanto aos planos... Bem, esses continuaram comigo.
Mas sem o sucesso da realização.

No auge do ócio, com os pés e braços esparramados no sofá... as lembranças da noite de ontem começaram a aflorar.
Seus olhos foram a primeira coisa que me veio à cabeça.
No âmbito da sedução, toda pessoa tem um lugarzinho em si mesmo, em que são guardadas todas as suas armas.
Guardar definitivamente não é o seu forte!
Nos seus olhos, encontram-se todas as suas armas.
E na constante luta armada (que é também amar),
Tiros de beijos são lançados diariamente.
Corpos são incendiados por um fogo perigoso, que vem de baixo pra cima.
E às vezes se espalha rápido!
Cortes e arranhões são comuns também, mas quando sarados, servem de experiência,
Mostrando que a manobra utilizada, não tem sido das melhores.
As mãos que por vezes acariciam, são as mesmas que fogem e até se escondem, quando o mau humor toma conta ou a discórdia aparece de surpresa.
Amar é arriscar-se diariamente.
É compartilhar com prazer seu infinito particular, fazendo com que ele nem seja mais tão particular assim!
É surpreender-se mesmo com anos de convivência.
É entender um olhar e enxergar além do que se vê.
Amar é passar uma tarde inteira esparramada no sofá pensando e repensando fatos, com a calma e a certeza de que seu amor não vai fugir por aí com a primeira moça que passar.
O que é seu de verdade não se vai tão fácil.
Se um dia se for, é porque já não era mais seu e você não tinha se dado conta.
Amar é viver, e dessa vida, todos deveriam provar!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Aninha e a Televisão


Aninha, uma menina de sete anos, estava em seu quarto assistindo a Novela das Oito. Seu pai lia o jornal e sua mãe ocupava-se com o jantar. De repente Aninha desloca-se pra sala e com os olhinhos brilhando de curiosidade pergunta:

- Papai, o que significa “estrupro”?

O pai, meio desconcertado responde:

- Estupro filhinha, é quando uma pessoa malvada obriga outra a fazer certas coisas, contra a sua vontade.
-De onde é que você tirou isso?

Satisfeita com a resposta a menina disse:

- Da televisão Papai!

E sai correndo pro seu quarto.

Alguns minutos depois, volta a menina correndo e gritando, e sua mãe perplexa segurando a toalha de banho:
- Mamãe quer me “estruparrrrrrrr”! Socorroooo!

domingo, fevereiro 11, 2007

Amor (A visão de um Terceiro)


Sorri, como quem não quer nada.
Um riso largo de um menino-quase-homem, capaz de deixar qualquer mulher hipnotizada.
E assim o faz.
Ela pára frente a ele e todos ali percebem.
Seus olhos entregam-na e revelam todo o encanto...
Justo ele, que nada se encaixava ao seu “tipo”.
Era magro demais talvez;
Mas o que é um corpo diante de tantas idéias,
Pensamentos, atitudes...
Todos naquela sala olhavam com carinho praquele casal,
Talvez enxergassem o que eles ainda não conseguiam ver.
Um sentimento tão bonito...
Tomando forma.
Lembrava aqueles amores à moda antiga, com juras ao pé do ouvido e beijos inocentes.
Ambos poderiam estar em qualquer lugar, mas queriam estar ali.
Ele ora ou outra olhava pra ela como se nunca a tivesse visto antes.
Deslumbrado...
Não se sabe o que o futuro reserva,
A única certeza é a incerteza, que somente um Amor é capaz de trazer.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Crônica - Toda grande conquista exige grandes esforços.


Acordei atrasada. Após enfrentar o trânsito e todos os outros contratempos que me apareceram, consegui chegar no trabalho. E pra começar o dia “bem”, tomei um belo esporro do patrão. Após iniciar minhas tarefas, que por sinal pareciam terem se duplicado, fui mandada ao banco no lugar de um colega que havia faltado. Saí apressada, afinal havia muito que fazer no escritório e ir ao banco naquele momento era a última coisa que eu precisava. Chegando lá, encontrei uma fila imensa, parecia o Maracanã em dia de jogo. Perdi boas horas do meu dia ali e como retribuição pelo trabalho extra, ganhei um pouco mais de trabalho! Não tardou a anoitecer, e todos os meus desejos de encerrar a noite em um Cinema, esvaíram-se. Cheguei em casa exausta. Olhei a secretária eletrônica. Havia um recado. Minha mãe dizia: - Filhinha... Que saudade estou de você! Como anda o trabalho? Espero que esteja bem. Cuide-se e nunca esqueça: Toda grande conquista exige grandes esforços. Amo você!
Tomei um banho quente, deitei no sofá por um instante e quando dei por mim já amanhecia. Levantei preguiçosamente. Demorei a acordar, os olhos mantinham-se abertos, mas a mente ainda dormia. Olhei no relógio, tinha bastante tempo. Arrumei-me devagar, preparando-me pra mais um dia. Dessa vez, cheguei no horário. O dia parecia acordar de uma incrível noite de Amor. O sol brilhava como nunca. Olhei na janela e sorri, maravilhada. Tudo à minha volta tinha vida. Desde o vendedor de pipocas na esquina, até a movimentação frenética dos carros, disputando uns com os outros um espaço nas ruas. Respirei fundo e comecei meu trabalho. Tudo fluía maravilhosamente bem. Com as horas extras do dia anterior, aproveitei pra adiantar algumas tarefas, portanto podia ficar descansada. Terminei o trabalho mais cedo. Saí à tardinha e fui caminhando até a praia. Sentei na areia e esperei o pôr do sol. Não demorou a chegar. Levantei e fui andando pra casa. O caminho era longo, mas o tempo estava a meu favor. Passei em frente a uma floricultura, parei admirada. Flores sempre me encantaram. Resolvi comprar um vasinho. Sabia que ia ser difícil cuidar. O trabalho me ocupava muito tempo. Mas o encanto era tanto, que não resisti. Entrei em casa sorrindo, olhando a minha florzinha. Era tão pequenininha ainda. Escolhi um local estratégico da casa para colocá-la, bem de frente pra porta, assim quem entrasse poderia contemplá-la. Fui dormir mais feliz este dia, sentia-me viva. Os dias que se sucederam não foram muito diferentes. A rotina diária trabalho-casa-trabalho foi interrompida com a chegada do fim de semana. Aproveitei então pra visitar um amigo. Desde nova sempre me dei melhor com os meninos em tudo. A começar no colégio e até a faculdade sempre tive facilidade de me relacionar com as pessoas, o que me garantia muitos colegas, no entanto meus amigos mesmo eram poucos e esses com certeza não competiam comigo pelo cabelo mais bonito ou o melhor namorado. Desses poucos, me sobrou um. E foi a casa dele que eu fui. Passei a tarde inteira lá. Conversamos sobre tudo. A faculdade, que ele ainda estava por terminar, sua nova namorada, as festas que ele freqüentava. E na hora de falar de mim, falei do meu trabalho. Do quão cansativo era passar o dia inteiro num escritório. Do quanto eu tinha que ralar por um salário que não chegava nem perto do que eu esperava ganhar. Mas falei também sobre como era bom sentir-me útil e aprender algo novo a cada dia. Falei dos meus colegas de trabalho, de como é bom conviver com eles. Até mesmo os mal humorados, os mal amados, e os muitos outros que sou obrigada a me relacionar me ensinam a ter paciência. Toda essa conversa me fez refletir. Olhar pra minha vida por um outro ângulo, em closer. Sem deixar passar nenhum detalhe. Cheguei então a uma conclusão. Como disse minha querida mãe, toda grande conquista exige mesmo grandes esforços, mas com persistência, paciência e muito amor, esse esforço todo nem fica tão grande assim! Já a conquista, essa sim, vem gigante. Bem do tamanho daquilo que buscamos!

domingo, janeiro 28, 2007

Pra Milene Maciel


Querida Milene, em função dos ocorridos resolvi escrever-te.
Acalma-te, pois estou bem.
Sei que às vezes pareço descontrolado, descompassado, mas viver tem dessas coisas.
Nunca se sabe o que nos espera.
Aquele rapaz, que ora ou outra te visita, também tem visitado-me.
Às vezes parece que vem pra ficar, traz bagagem e tudo.
Mas ao final, acaba partindo... sem dizer quando volta.
Seu olhar é entristecido, talvez por amores mal resolvidos. Mas suas palavras são sinceras. Confie nelas e se sentirá melhor!
Acredite também, em você...e na sua verdade.
Afinal, só nós dois sabemos quanto amor você tem guardado.
E quão puro é este mesmo.
Quando se sentir só, lembre-se que estou aqui.
Olhe pra mim, busque a paz que carrego (e sempre carrego).
Ignore as outras vozes que insistem em te rondar.
Ouça apenas a minha, pois é a mais sábia de todas.
Valorize os nossos amigos, eles têm vindo sempre por aqui, e a cada dia trazem algo novo!
Cuide da nossa família, eles não duram pra sempre.
Nunca deixe de dar a eles carinho, respeito e amor.
Por fim, peço que não tenha medo da vida!
Viva intensamente! Aproveite os momentos felizes!
Porque, como diria Tom Jobim:
“ Tristeza não tem fim.
Felicidade sim. “

Beijos carinhosos,

Seu Coração.

terça-feira, janeiro 23, 2007

O que somos nós diante dos outros? Nós mesmos ou alguém recriado aos moldes de suas críticas e opiniões sobre os fatos?


Um certo dia estava eu por aqui mesmo, na Internet, conversando com um amigo sobre assuntos diversos e, por fim... ele disse que eu era diferente. “Ouvi” meio sem entender... e ele explicou... que eu era diferente das outras meninas justamente por não fazer o mínimo esforço para ser igual. Particularmente, confesso que gosto muito de conversar com ele... é alguém que tem boas idéias, no qual encontro muitas afinidades. Talvez por isso o que ele disse a meu respeito fez realmente diferença no meu modo de pensar, fazendo-me acreditar que sou realmente diferente. Essa situação me fez refletir no quanto a opinião dos outros influencia no nosso modo de pensar e agir.

Vivemos sob as doutrinas de uma sociedade em que predomina o senso comum. Seguir esse senso é sinônimo de uma maioria pensando e agindo da mesma forma.Criam-se assim, paradigmas, espécies de “normas”, algumas escritas (chamadas de leis) e outras, por vezes até mais conhecidas que as leis, que a própria sociedade cria. Tais normas ignoram o livre arbítrio, incluindo os cidadãos que as seguem e encontrando diversas formas de exclusão para os que não o fazem (chamados marginais).Uma das conseqüências disso tudo é uma importância excessiva que acabamos dando às aparências, ou melhor, ao modo que os outros nos vêem. Tal fato nos impede de fazer certas coisas que nos agrada, afim de não fugir às “regras”. Isso explica o grande número de modelos anoréxicas, negando um pedaço de pizza por sentirem-se extremamente gordas com seus 48 quilos, jovens ignorando o risco da impotência sexual para aparecer nos comerciais de cerveja, exibindo seus corpos “sarados” devido aos poderosos anabolizantes, médicos, filhos de pais médicos, com vocação pra músicos, políticos corruptos, eleitos por suas promessas tão falsas quanto seus sorrisos, padres com grande vocação pra Pedófilos, entre muitos outros exemplos que temos por aí.
É também por aí, que percebemos que estes mesmos cidadãos “corretos”, que seguem as normas da sociedade, parecem desconhecer as leis. Será que aquele mesmo médico não sabe que dar um diagnóstico errado pode pôr em risco a vida de uma pessoa? Assim como o uso de medicamentos em excesso, para perda de peso ou ganho de massa, apresenta o mesmo risco?! Será que aqueles políticos esqueceram que desvio de verba e qualquer outro ato corrupto é tão crime quanto convidar criancinhas às escuras pra dançar o “tchatchatcha” após a missa das oito, como fazem alguns padres?!
Quem então é o marginal? O que pensa e age da maneira que lhe é cabível, ou aquele que finge ser o que não é apenas pra não fugir às normas?!
Nossa sociedade é tão hipócrita quanto suas “regras”. Devemos rever nossos conceitos! Quebrar os paradigmas! Lutar por nossas idéias afim de um dia, quem sabe, alcançarmos um mundo mais justo. Em que o livre arbítrio seja usado tanto quanto as leis devem ser cumpridas. Pondo fim nas inúmeras tragédias e injustiças reportadas diariamente. E o senso comum dê lugar a um “senso incomum”, em que a opinião própria valha bem mais do que a alheia e os cidadãos busquem nas diferenças uma forma de progresso.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Meu amor, Amor.


É Moreno... Tu chegou fazendo estrago...

Tocou-me o corpo e provocou arrepios.
Beijou-me a boca e convidou-me a ver o céu.
Abraçou-me daquele jeito e conheci a Felicidade.

E foi além...
Alcançou o inalcançável!
Chegou onde nenhum outro um dia o fez.

Tocou-me a alma e levou o que tinha de mais precioso.

Meu amor, Amor...

E este, tu conquistou,
Naquela noite quente,
Sob aquela lua encoberta...
Que só nós dois pudemos contemplar.

sábado, janeiro 13, 2007

A Outra




Era noite, e a lua a única luz ambiente. Chovia, e o cheirinho proveniente desta dava um tom especial ao lugar... Olhou para o relógio ansiosa e quase que ao mesmo tempo ouviu o som da campainha tocar. Saltou da cadeira e ajeitou-se antes de atendê-lo. Estava bem vestido e trazia à mão um vinho tinto. Beijou-a como se nunca tivesse feito isso antes. Tal ato era costumeiro e talvez fosse para compensar sua ausência nos outros dias.
Sentaram-se na sala e o calor foi tomando conta do ambiente, parte pelo vinho, outra pelos beijos que foram se tornando cada vez mais quentes. Então se dirigiram para o outro cômodo da casa. Ali o calor pareceu aumentar, assim como os beijos e as carícias trocadas.
Tudo naquele quarto fazia um cenário perfeito, desde a foto na cabeceira da cama até a parede vermelha, que dava um ar exótico ao ambiente. Parecia que havia sido preparado para receber os amantes, permitindo-os aproveitar bem o pouco tempo que tinham.
E realmente o faziam... A camisola escolhida era uma das mais ousadas e fazia surtir o efeito esperado. Agora os beijos eram variados e ilimitados, e mantinham a sexualidade aflorada. Trocaram juras de amor e no ápice da paixão, tornavam-se um ser somente. Ficaram ali por toda uma noite até que o dia amanheceu.Era hora de partir.E voltar pros braços daquela a quem jurava seu amor por todos os outros dias.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Manifestos de um Coração Partido


Hoje o dia amanheceu diferente...
Mais escuro talvez
Chove muito lá fora, mas o chão que se inunda é o de dentro; da sala de estar dessa casa que até ontem eu chamava de nossa.
Olho ao redor e nada vejo a não ser móveis e objetos sem importância; tudo o que havia de mais importante se foi. Levando consigo todos os momentos felizes vividos, todos os sorrisos roubados, os beijos apaixonados e o Amor nunca antes sentido.
E o que deixou em troca foi um imenso vazio, e um silêncio que ecoa dentro e fora de mim.
Dói tanto pensar que eu tinha tudo e agora não tenho nada.
Dizem que o que Deus une, o Homem não separa, Quem então é o culpado? Será Deus?!
Acho que não...
Vivemos procurando culpados para os nossos fracassos, quando na maioria das vezes somos nós mesmos os responsáveis.
Quando nos deixamos cair na rotina fatigante contrária a todas as tentativas de um jantar a dois, ou de um passeio no fim da tarde. Ou nos deixamos envolver pelas doutrinas de uma sociedade medíocre que nos ensina a valorizar tudo o que se pode comprar, esquecendo que companhia não está a venda. E é impossível ser feliz sozinho...
Agora sei bem o que é valorizar o que se perde.
Meu coração está no escuro...
A única luz existente é a da Saudade.