terça-feira, fevereiro 27, 2007

Amar é Viver, Morrer é não Amar!


Acordar antes do entardecer tem sido costume raro nessas longas férias.
Mas hoje o raro resolveu dar as caras por aqui.
9:00h de olhos abertos, 30 minutos até a última espreguiçada e enfim 9:30h de pé.
Corpo e mente acordados e sendo meus únicos companheiros no café da manhã.
E dessa rápida “reuniãozinha” não podia sair boa coisa.
Um só queria voltar pra cama, enquanto o outro fervilhava de idéias e planos para o dia.
No fim da briguinha, nenhum dos dois saiu ganhando.
Ao invés da cama, fui pro sofá.
E quanto aos planos... Bem, esses continuaram comigo.
Mas sem o sucesso da realização.

No auge do ócio, com os pés e braços esparramados no sofá... as lembranças da noite de ontem começaram a aflorar.
Seus olhos foram a primeira coisa que me veio à cabeça.
No âmbito da sedução, toda pessoa tem um lugarzinho em si mesmo, em que são guardadas todas as suas armas.
Guardar definitivamente não é o seu forte!
Nos seus olhos, encontram-se todas as suas armas.
E na constante luta armada (que é também amar),
Tiros de beijos são lançados diariamente.
Corpos são incendiados por um fogo perigoso, que vem de baixo pra cima.
E às vezes se espalha rápido!
Cortes e arranhões são comuns também, mas quando sarados, servem de experiência,
Mostrando que a manobra utilizada, não tem sido das melhores.
As mãos que por vezes acariciam, são as mesmas que fogem e até se escondem, quando o mau humor toma conta ou a discórdia aparece de surpresa.
Amar é arriscar-se diariamente.
É compartilhar com prazer seu infinito particular, fazendo com que ele nem seja mais tão particular assim!
É surpreender-se mesmo com anos de convivência.
É entender um olhar e enxergar além do que se vê.
Amar é passar uma tarde inteira esparramada no sofá pensando e repensando fatos, com a calma e a certeza de que seu amor não vai fugir por aí com a primeira moça que passar.
O que é seu de verdade não se vai tão fácil.
Se um dia se for, é porque já não era mais seu e você não tinha se dado conta.
Amar é viver, e dessa vida, todos deveriam provar!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Aninha e a Televisão


Aninha, uma menina de sete anos, estava em seu quarto assistindo a Novela das Oito. Seu pai lia o jornal e sua mãe ocupava-se com o jantar. De repente Aninha desloca-se pra sala e com os olhinhos brilhando de curiosidade pergunta:

- Papai, o que significa “estrupro”?

O pai, meio desconcertado responde:

- Estupro filhinha, é quando uma pessoa malvada obriga outra a fazer certas coisas, contra a sua vontade.
-De onde é que você tirou isso?

Satisfeita com a resposta a menina disse:

- Da televisão Papai!

E sai correndo pro seu quarto.

Alguns minutos depois, volta a menina correndo e gritando, e sua mãe perplexa segurando a toalha de banho:
- Mamãe quer me “estruparrrrrrrr”! Socorroooo!

domingo, fevereiro 11, 2007

Amor (A visão de um Terceiro)


Sorri, como quem não quer nada.
Um riso largo de um menino-quase-homem, capaz de deixar qualquer mulher hipnotizada.
E assim o faz.
Ela pára frente a ele e todos ali percebem.
Seus olhos entregam-na e revelam todo o encanto...
Justo ele, que nada se encaixava ao seu “tipo”.
Era magro demais talvez;
Mas o que é um corpo diante de tantas idéias,
Pensamentos, atitudes...
Todos naquela sala olhavam com carinho praquele casal,
Talvez enxergassem o que eles ainda não conseguiam ver.
Um sentimento tão bonito...
Tomando forma.
Lembrava aqueles amores à moda antiga, com juras ao pé do ouvido e beijos inocentes.
Ambos poderiam estar em qualquer lugar, mas queriam estar ali.
Ele ora ou outra olhava pra ela como se nunca a tivesse visto antes.
Deslumbrado...
Não se sabe o que o futuro reserva,
A única certeza é a incerteza, que somente um Amor é capaz de trazer.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Crônica - Toda grande conquista exige grandes esforços.


Acordei atrasada. Após enfrentar o trânsito e todos os outros contratempos que me apareceram, consegui chegar no trabalho. E pra começar o dia “bem”, tomei um belo esporro do patrão. Após iniciar minhas tarefas, que por sinal pareciam terem se duplicado, fui mandada ao banco no lugar de um colega que havia faltado. Saí apressada, afinal havia muito que fazer no escritório e ir ao banco naquele momento era a última coisa que eu precisava. Chegando lá, encontrei uma fila imensa, parecia o Maracanã em dia de jogo. Perdi boas horas do meu dia ali e como retribuição pelo trabalho extra, ganhei um pouco mais de trabalho! Não tardou a anoitecer, e todos os meus desejos de encerrar a noite em um Cinema, esvaíram-se. Cheguei em casa exausta. Olhei a secretária eletrônica. Havia um recado. Minha mãe dizia: - Filhinha... Que saudade estou de você! Como anda o trabalho? Espero que esteja bem. Cuide-se e nunca esqueça: Toda grande conquista exige grandes esforços. Amo você!
Tomei um banho quente, deitei no sofá por um instante e quando dei por mim já amanhecia. Levantei preguiçosamente. Demorei a acordar, os olhos mantinham-se abertos, mas a mente ainda dormia. Olhei no relógio, tinha bastante tempo. Arrumei-me devagar, preparando-me pra mais um dia. Dessa vez, cheguei no horário. O dia parecia acordar de uma incrível noite de Amor. O sol brilhava como nunca. Olhei na janela e sorri, maravilhada. Tudo à minha volta tinha vida. Desde o vendedor de pipocas na esquina, até a movimentação frenética dos carros, disputando uns com os outros um espaço nas ruas. Respirei fundo e comecei meu trabalho. Tudo fluía maravilhosamente bem. Com as horas extras do dia anterior, aproveitei pra adiantar algumas tarefas, portanto podia ficar descansada. Terminei o trabalho mais cedo. Saí à tardinha e fui caminhando até a praia. Sentei na areia e esperei o pôr do sol. Não demorou a chegar. Levantei e fui andando pra casa. O caminho era longo, mas o tempo estava a meu favor. Passei em frente a uma floricultura, parei admirada. Flores sempre me encantaram. Resolvi comprar um vasinho. Sabia que ia ser difícil cuidar. O trabalho me ocupava muito tempo. Mas o encanto era tanto, que não resisti. Entrei em casa sorrindo, olhando a minha florzinha. Era tão pequenininha ainda. Escolhi um local estratégico da casa para colocá-la, bem de frente pra porta, assim quem entrasse poderia contemplá-la. Fui dormir mais feliz este dia, sentia-me viva. Os dias que se sucederam não foram muito diferentes. A rotina diária trabalho-casa-trabalho foi interrompida com a chegada do fim de semana. Aproveitei então pra visitar um amigo. Desde nova sempre me dei melhor com os meninos em tudo. A começar no colégio e até a faculdade sempre tive facilidade de me relacionar com as pessoas, o que me garantia muitos colegas, no entanto meus amigos mesmo eram poucos e esses com certeza não competiam comigo pelo cabelo mais bonito ou o melhor namorado. Desses poucos, me sobrou um. E foi a casa dele que eu fui. Passei a tarde inteira lá. Conversamos sobre tudo. A faculdade, que ele ainda estava por terminar, sua nova namorada, as festas que ele freqüentava. E na hora de falar de mim, falei do meu trabalho. Do quão cansativo era passar o dia inteiro num escritório. Do quanto eu tinha que ralar por um salário que não chegava nem perto do que eu esperava ganhar. Mas falei também sobre como era bom sentir-me útil e aprender algo novo a cada dia. Falei dos meus colegas de trabalho, de como é bom conviver com eles. Até mesmo os mal humorados, os mal amados, e os muitos outros que sou obrigada a me relacionar me ensinam a ter paciência. Toda essa conversa me fez refletir. Olhar pra minha vida por um outro ângulo, em closer. Sem deixar passar nenhum detalhe. Cheguei então a uma conclusão. Como disse minha querida mãe, toda grande conquista exige mesmo grandes esforços, mas com persistência, paciência e muito amor, esse esforço todo nem fica tão grande assim! Já a conquista, essa sim, vem gigante. Bem do tamanho daquilo que buscamos!