
Formas, cores, cheiros...
Tudo ali me envolveu de tal forma que quando dei por mim, estava de boca aberta, de olhos arregalados, admirando a obra.
Não sou católica, mas hoje assisti a uma missa na Igreja de Nossa Senhora de Montserrat e Mosteiro de São Bento.
No estilo Barroco e rococó português. Colunas com formas arredondadas, cobertas de ouro. Missa em latim, canto gregoriano, o cheiro do incenso.
Mentalmente fiz uma viagem no tempo.
Estava em 1763, sentada no centro junto com as outras mulheres (lembrando que naquela época não havia bancos e, os homens, ficavam em pé nas laterais). O padre de costas, no altar, pregando a palavra em latim. Em volta, uma arquitetura fascinante, construída ao longo de muitos anos.
Abrindo os olhos, encontrei algumas mudanças. Homens e mulheres juntos, o padre de frente pros fiéis. Mas a arquitetura era a mesma, tão fascinante quanto.
Dando continuação à volta na História, fui ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Assisti a uma exposição de gravuras desde o século XV. Albrecht Dürer, Picasso, Rembrandt, Jacques Callot, entre outros. Resumindo: Um espetáculo!
Pra encerrar com chave de ouro, terminei o dia no Odeon, um cinema na Cinelândia (grande pólo cinematográfico do início do séc. XX). Assisti “Cheiro do Ralo”, com o Selton Melo.
Voltei pra casa depois de tomar um cafezinho (fiel ao Brasil por muitos anos), e com uma frase na cabeça. Pra ser mais específica, uma música de Gilberto Gil:
“(...) O Rio de Janeiro continua lindo...
O Rio de Janeiro continua sendo! (...)”.
